quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Me enterrem com o uniforme da empresa

O pedido que dá título a este artigo pode causar estranheza ou até perplexidade. Mas foi exatamente o que solicitou um funcionário, aposentado, de uma grande corporação numa das capitais brasileiras. E seu desejo foi cumprido à risca pelos seus colegas, que ainda complementaram a homenagem fúnebre cantando o hino da empresa no momento final do enterro.

Em outra empresa o pedido de um funcionário – também aposentado e que foi respeitosamente atendido – é o de que ao baixar o caixão fossem jogados produtos da empresa, antecedendo as pás de terra que cobririam o mesmo.

Histórias de funcionários aposentados, que mantém sua conta-corrente na agência bancária interna da empresa, de forma a continuar tendo um motivo para ir à mesma, são bastante comuns. Bem como solicitar um "crachá" especial que assegure seu acesso à corporação, sem a necessidade de ter que se identificar a cada nova visita.
Mas isto ocorre também com os altos executivos, que sempre tiveram acesso à empresa em carro e motorista pagos pela mesma, sem nenhuma verificação ou parada prévia, na portaria. Entretanto, agora na mera condição de "ex", se sentem deveras constrangidos, porque além de ter que dirigir seu próprio automóvel, ainda necessitam se identificar para que tenham seu ingresso autorizado.
E tem ainda a história de um ex-presidente de uma corporação multinacional que, mesmo depois de aposentado, continuava usando seu cartão de visita onde, cuidadosamente, anotava seus novos pontos de contato.
Este pequeno conjunto de histórias demonstra, de uma forma muito prática e realista, como boa parte das pessoas que se vinculam a uma organização, e a ela entregam não apenas sua competência profissional, mas também suas vidas, continuam apresentando uma grande dificuldade em se preparar para a fase da aposentadoria.
E as causas deste despreparo estão situadas em três diferentes sistemas da estrutura do mundo do trabalho.
Em primeiro lugar a família, que continua orientando filhos para que busquem uma grande corporação – quando não o emprego público –, onde possam encontrar uma perspectiva de carreira e a segurança da "carteira profissional assinada."
A segunda instituição é a escola formal, que tem todo seu processo curricular direcionado para a formação do estudante no sentido de que se preocupe – quase que exclusivamente - em buscar um emprego. Com algumas honrosas exceções, que ocorrem muito mais nas instituições de formação de nível médio ou técnico, encontramos abordagens que buscam estimular, e até valorizam, a iniciativa empreendedora.
E por último as próprias corporações que continuam mantendo programas, treinamentos, políticas de estímulo e ações no sentido de captar, integrar, manter e desenvolver seus recursos humanos. Obtendo com isto, em muitos casos, um forte sistema de adesão do funcionário à empresa.
É quando surge a tradicional frase "vestir a camisa". Mas que na minha avaliação, o que de fato ocorre é que as pessoas ficam "tatuadas" pela empresa. Ou seja, uma camisa pode, com o tempo, desbotar ou perder seu colorido. Uma "tatuagem" impregna o todo da pessoa. Podendo até se tornar uma "marca" permanente.
Raras são as empresas que mantém programas que preparam o indivíduo para seu re-ingresso no mundo do trabalho e perda da sua identidade – sobrenome corporativo – que lhe foi "emprestado" por um longo tempo.
A preocupação da maioria dos profissionais que procura planejar sua aposentadoria, e também das próprias empresas que desenvolvem programas com esta finalidade, está muito centrada em questões de reserva financeira e cuidados com a saúde.Temas evidentemente bastante relevantes.
Mas apenas esta abordagem não supre todos os desafios que serão enfrentados, pelo profissional, nesta nova fase da vida.
E o desafio é hoje muito maior com o aumento dos índices de longevidade, também no Brasil. É fundamental que os profissionais que se desligam das empresas estejam preparados na sua capacidade de se reinventarem mais vezes, ao longo de toda sua vida.
Isto requer estabelecer um amplo Projeto de Vida para esta nova etapa, que contemple os vários papéis que vivemos – profissional/familiar/social/educacional/espiritual/individual – com os seus respectivos desafios e mudanças. Ou seja, a vida deve continuar tendo sentido para ser vivida plenamente.
Mas, acima de tudo os programas necessitam aparelhar a pessoa para que ela própria assuma o seu processo. Sem receitas milagrosas. 
Fonte: administradores.com

Dicas para formar uma equipe eficiente e aprender a delegar!


Para que você use o seu tempo de forma mais eficiente e aprenda a delegar tarefas e funções, pode ser bastante útil o exercício de identificação das atividades que melhor se encaixam em suas habilidades e que, por isso mesmo, são as mais rentáveis e que produzem um nível mais elevado de satisfação.
O primeiro passo é fazer uma lista com tudo o que ocupa o seu tempo. Inclua até mesmo pequenos serviços, como atender a chamadas telefônicas, arquivar documentos ou tirar fotocopias.

A seguir, escolha as três atividades em que você é particularmente brilhante e, depois, as três que geram mais receita para você ou para a sua empresa – é nesse segundo grupo que você vai concentrar a maior parte do seu tempo e energia.
Finalmente, crie um plano de distribuição das tarefas de que você não goste ou para as quais não tem habilidade. Isso exige tempo, treinamento e paciência, mas o retorno é produtivo, pois permite que você elimine as atividades menos rentáveis ou não essenciais e se dedique apenas ao que de fato é bom.
Esse é o caminho para uma carreira brilhante.

Procure as pessoas-chaves para sua equipe


Se você é dono do seu próprio negocio – e, lembre-se,o empreendedorismo é uma das características de quem é bem-sucedido-, comece logo a procurar por pessoas-chave para montar a sua equipe.
Se você é profissional liberal e sua empresa é você, trate de procurar pelo Número 2 da empresa, alguém que seja dinâmico e que saiba lidar com os seus projetos e possa assumir as outras tarefas enquanto você se concentra no que faz melhor.
E, se você trabalha em casa, o seu “pessoal” mais valioso poderá ser a mulher da limpeza a vizinha, a babá e outras pessoas que possam assumir algumas tarefas e, com isso permitir que você tenha mais tempo para si mesmo e para sua família.

Delegar é uma arte


Se escolher com cuidado, você pode delegar tudo o que desvia a sua atenção e pertuba a sua concentração – até mesmo seus projetos “pessoais”. Há quem consiga repassar até a venda da casa e a mudança para um apartamento, como fez Raymond Aaron.
Ele pediu que sua assistente encontrasse um apartamento de luxo, sala e quarto, perto do seu escritório; “negocie o aluguel traga o contrato para eu assinar. Depois, contrate um caminhão de mudanças, supervisione a mudança e siga o caminhão no seu carro até que cheguem á minha nova morada”.
Até a contratação da equipe de limpeza e a arrumação dos móveis e dos objetos nos seus devidos lugares ficaram sob responsabilidade da assistente da Aaron. “me chame apenas quando tudo estiver terminado”, avisou.
E onde estava Aaron enquanto a sua assistente fazia a mudança? De férias, na Flórida.
Embora tenhamos receio de que as pessoas não realizem as tarefas tão bem como nós, vale a pena arriscar – você pode se surpreender. Existem pessoas que adoram fazer o que você odeia e o fazem com muito mais competência do que você – a um custo surpreendentemente baixo.


Coaching: veja sete dicas para evitar a saída de profissionais da sua equipe


A alta competitividade no mercado de trabalho tem feito crescer o turnover nas empresas. Os impactos da entrada e saída de pessoal para uma empresa têm reflexos diretos na produtividade e afeta diretamente a satisfação dos colaboradores.
Segundo o diretor-executivo da Innovia Training & Consulting, Ricardo Barbosa, para reduzir o índice de rotatividade, é preciso pesquisar as principais causas, diagnosticar cada uma e atribuir uma solução.

Se você acha que a questão salarial é a única que influencia o alto turnover, você está enganado. O diretor da Innovia ressalta que os administradores podem estranhar, mas esse não é o grande problema.
“Mas com certeza uma empresa que paga muito pouco para seus valores terá primeiramente que repensar essa situação, para depois utilizar outras medidas motivacionais”, enfatiza.

Confira as sete dicas para evitar o turnover:

1. Quando o colaborador pede demissão ou é demitido o gestor deve fazer uma entrevista pessoal para saber o motivo. Questionário estruturado para ser preenchido por mera formalidade de nada adianta.
2. Compare o salário oferecido para os profissionais da sua área com o de outras empresas. “Muitas vezes terá a triste descoberta que está formando mão de obra para eles”;
3. Tenha um plano de carreira claro. O gestor deve ter definido até onde os seus colaboradores podem chegar;
4. Ofereça cursos de reciclagens e aperfeiçoamento;
5. Repense nas políticas para plantão de finais de semana, feriados e horas extras. A escala da equipe não pode ser com o intuito de punição ou de proteção;
6. Atenção para os profissionais que justificam faltas com atestado médico. Confira e confirme os motivos;
7. Analise qual o clima que reina na sua equipe e na empresa como um todo. Avalie como você trata os colaboradores e como são dados os feedbacks.
Fonte: administradores.com

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

O que o mundo infantil e o profissional têm em comum?


Imaginar novas histórias, sonhar aventurar diferentes e criar objetos imaginários fazem parte do universo infantil. No entanto, se você reparar bem, esses atributos também estão presentes em notáveis adultos.
"Essa característica de sonhar e criar novos caminhos é retratada no mundo organizacional como o 'pensar fora da caixa'. Percebe-se que grandes marcas, empreendedores e grandes líderes possuem essa característica e a usam com maestria, haja vista que não se atêm ao convencional, assumem riscos, pesquisam e são propensos ao novo e inusitado", destaca Eni Santos.
Se sonhar é algo também admirado no mundo adulto, isso não acontece quando o assunto é pedir ajuda. As crianças não tem vergonha de solicitar auxílio para fazer algo. Já quando se trata em um ambiente profissional, muitos evitam pedir colaboração ou feedback por acharem que é um sinal de fraqueza.
Para Viviane Mourão, psicóloga e consultora de RH da empresa Meta&Vida Desenvolvimento em Recursos Humanos, essa é uma questão que deve ser superada. "No ambiente de trabalho, ainda existem pessoas que não têm a humildade de dizer que "não sabem" e precisam de ajuda ou, até mesmo, de aprender para não denegrir suas imagem. Em minha opinião como psicóloga e consultora de RH, pedir ajuda esporadicamente, faz parte de qualquer ambiente, seja ele no trabalho, em casa ou no dia a dia em si, porém, a frequência é que trás o incômodo e demonstra a insegurança de quem pede", destaca Viviane.
Exemplos grandes e exemplos pequenos
Sabemos que a criança é como uma "antena" aberta para recepção de informações. Por isso, não é comum que os adultos se transformem em verdadeiros espelhos para os pequenos.
Para a consultora de RH Cíntia Bortotto, devido a isso, quando educamos, temos que ser exemplo. "Não adianta dizer que não pode mentir e depois pedir para alguém que você não está em casa, quando não quer atender um telefonema. A criança percebe e pergunta: 'Mãe você está mentindo, você não disse que é feio?' As crianças, assim como os nosso subordinados no mundo corporativo seguem o que fazemos e não o que falamos, eles nos ensinam o tempo todo, pois funcionam como um espelho refletindo nossas ações e as confrontando com nossas falas", destaca.

Ideias infantis

Um vídeo que chamou bastante atenção dói o TED apresentado pela criança Adora Svitak. No vídeo ela destaca que o mundo precisa de "ideias infantis": ideias arrojadas, criatividade selvagem e principalmente otimistas. Ela defende que os grandes sonhos das crianças merecem altas expectativas, começando com a boa vontade dos adultos em aprender com as crianças tanto quanto ensiná-las.
Assista abaixo
Fonte: administradores.com

Negócios e cultura: um voto a favor da criatividade


A gestão da criatividade tornou-se um desafio. De um lado, para as organizações que pretendem sustentar, economicamente, seus negócios por meio da inovação. De outro, para o universo artístico e cultural, que está cada vez mais presente nas pautas econômicas e que, recentemente, recebeu destaque no Ministério da Cultura por meio da criação da Secretaria de Economia Criativa, cuja missão é conduzir o desenvolvimento econômico por meio do apoio dado aos profissionais, micro e pequenos empreendimentos criativos brasileiros, tornando a cultura um eixo estratégico nas políticas públicas de desenvolvimento do país.
Criatividade, como um recurso para o crescimento econômico, pode ser uma quebra de paradigma que requer a união de conceitos artísticos, científicos, sociais, ecológicos e econômicos. Trata-se de um tema interdisciplinar, transversal que deve posicionar-se também como estratégico, aproveitando a disponibilidade de recursos tecnológicos que, atualmente, facilitam as conexões; a diversidade contemporânea e o trabalho colaborativo que aparece fortalecido em contra partida a um modelo tradicionalmente competitivo.
Nesse contexto, dimensões subjetivas que tradicionalmente transitam pelo universo criativo passam a frequentar também o ambiente de gestão das empresas e dimensões objetivas, características da tradicional administração de negócios passam a serem incorporadas ao universo artístico e cultural, gerando estranheza, tensão e desafiando os gestores. Para adaptar-se a nova realidade é preciso, por um lado trazer para o ambiente dos negócios a originalidade típica do ambiente artístico e, por outro, levar os padrões de gestão clássicos do ambiente de negócios para o cultural, quebrando paradigmas e criando novos modelos que ultrapassem expectativas e os limites imaginários estabelecidos por um padrão de comportamento que já não se sustenta.

Para acompanhar esse movimento sócio econômico e cultural, novos perfis de liderança para os negócios são esperados tanto pelas organizações que pretendem inovar como por aquelas cuja atividade principal é voltada ao setor cultural.
Esse novo personagem é flexível, curioso, experimenta e descobre novas maneiras para fazer as coisas. Tem capacidade para observar e associar temas distintos, conectar pessoas e trabalhar com elas, facilitando a criação de algo novo por meio da formação de redes de relacionamento que se mesclam as equipes de trabalho, que por sua vez são multidisciplinares e demandam um trabalho motivacional individual e coletivo.
Modelos de gestão que aproximam o setor público e privado, o universo acadêmico e o não acadêmico, trabalham interesses econômicos e sociais em comum, por meio de equipes motivadas e focadas, que valorizam a diversidade, a multidisciplinaridade técnica e artística já mostraram resultados positivos e hoje são referencias internacionais na utilização de criatividade como recurso para o desenvolvimento. Cidades como Londres, Berlim, Barcelona e Amsterdam, por exemplo, reconheceram o papel da criatividade no contexto econômico e alavancaram novas possibilidades de negócios em diferentes setores.
No Brasil não é diferente: por um lado, cidades como Paraty/RJ, Tiradentes/MG, Guaramiranga/CE e Cataguases/MG já trabalham esse modelo de gestão cultural, social e econômica de maneira integrada. Por outro lado, por meio de iniciativa da Secretaria do Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia do estado de São Paulo alguns municípios destacam-se com espaços que oferecem oportunidade para as empresas transformarem pesquisa em produtos de mercado, aproximando universidades, centros de pesquisas e escolas, do setor produtivo. São projetos do Sistema Paulista de Parques Tecnológicos que estimulam o empreendedorismo e promovem desenvolvimento por meio da educação, ciência, tecnologia e inovação. Ambos, alicerçados em um recurso comum, a competência criatividade.
A união dessas competências cultural, artística, científica e tecnológica pode potencializar o desenvolvimento do país por meio da integração dos setores, de diferentes saberes, da gestão de relacionamento entre pessoas com interesses em comum, cujo trabalho, pode proporcionar o amadurecimento do mercado brasileiro que, pelo tamanho é, naturalmente, um destaque global.
Criatividade já é parte da pauta econômica e o Brasil, apesar do senso comum o considerar um país criativo, teve essa dimensão entre as destacadas como uma oportunidade de melhoria na última avaliação da Organização Mundial de Propriedade Intelectual (OMPI) onde o país ficou em 47º lugar do ranking global de avaliação de patentes, reforçando a relevância do tema no ambiente científico e relacionando criatividade a produtividade intelectual.
A dinâmica de mercado contemporânea vem de encontro ao equilíbrio necessário para administrar negócios utilizando a criatividade como um recurso e para administrar ações culturais, fortemente relacionadas ao potencial criativo, como uma possibilidade importante de crescimento econômico.
A gestão da criatividade nos negócios e dos negócios criativos é um tema novo, que exige profissionais com capacidade de lidar e criar em cenários e interesses, aparentemente, conflitantes. Este equilíbrio pode mudar o perfil das empresas, artistas e produtores no Brasil e impulsionar a economia nesse momento de crises e oportunidades.
Adriana Baraldi - Especialista em criatividade para inovação. Consultora e professora universitária. Mestre em administração de empresas. Defende ações de desenvolvimento social por meio da educação. Aplica criatividade como recurso para estratégia com foco em inovação. Experiencia profissional em empresas multinacionais com Bunge, Firmenich e Bayer. Gestora da área de marketing e desenvolvimento de novos negócios, produtos e conceitos.
Erick Krulikowski - É sócio diretor da i Setor. Tem mais de 15 anos de experiência em gestão executiva de projetos e negócios nas áreas da cultura, educação e saúde, com ênfase em planejamento estratégico, administração financeira, captação de recursos e desenvolvimento institucional. Graduado em Música pela Universidade de São Paulo (USP), tem MBA com ênfase em Marketing pela Universidad Latinoamericana de Ciencia y Tecnologia (San Jose, Costa Rica). Participa do curso de Análise de Empresas e Valor do Programa de Educação Continuada da Fundação Getúlio Vargas (FGV-SP). 
Fonte: administradores.com

As lições de Bill Gates para o mundo dos negócios


Você pode ter 15, 30, 40 ou 60 anos. A verdade é que, independente da sua idade ou geração, em algum momento você já utilizou algum produto ou software da Microsoft. O texto escrito no Word, a planilha salva no Excel, o bate papo no MSN.
Para você ter ideia, a gigante da tecnologia e informática é a detentora da maior fatia de computadores espalhados no mundo. A cada 10 pessoas, pelo menos sete usam o sistema operacional criado pela empresa, o que reforça o slogan da Companhia: "um computador em cada mesa e em cada lar". Sem falar em serviços on-line, venda de licenças, produção de eletrônicos, entre outros.
Se o alcance da Microsoft tem uma proporção difícil de mensurar, tudo isso foi possível pelo visionário Bill Gates. Aos 16 anos, ele já tinha um negócio e mostrava ter uma característica que o acompanharia até hoje: ser um empreendedor-nato. A Microsoft surgiu quando ele ainda estudava na Harvard e decidiu seguir sua vocação para os negócios ao abrir a empresa com Paul Allen, um amigo de infância.
O crescimento da Microsoft foi tão rápido quanto implacável. Na segunda metade de 1980, a Microsoft tornou-se a queridinha da Wall Street. Em vez de apenas desenvolver linguagens de programação, a Microsoft passou a ser uma companhia diversificada e produzia tudo, desde sistemas operacionais, como Windows, até aplicativos, como Word e o Excel, bem como ferramenta de programação. Todo esse sucesso fez com que Gates ficasse classificado regularmente como a pessoa mais rica do mundo, posição ocupada por ele de 1995 a 2007, e em 2009.

Para Erick Vils, fundador da WebSoftware, empresa de tecnologia da informação do Rio de Janeiro, o legado de Bill Gates para o mundo tecnológico é importantíssimo. "Você consegue imaginar as alternativas ao longo destas décadas que as empresas e pessoas teriam de usar caso não houvesse um Windows e milhões de softwares compatíveis? A Microsoft sempre se preocupou com o legado e a compatibilidade entre versões de seus sistemas. Para nós, fabricantes de software, teria sido um pesadelo ter de adaptar todos os sistemas a cada troca de sistema operacional ou lançamento de um hardware fabricado por um asiático", afirma Erik.

Aproveitando oportunidades

Uma das marcas de sucesso de Bill Gates está em aproveitar as oportunidades que aparecem. Para Vidal Olavo Plessmann, coordenador do curso de MBA em Desenvolvimento de aplicativos da Fiap, essa é uma das principais virtudes do CEO da Microsoft. "Gates foi visionário ao buscar a parceria com a IBM para criar o PC nos anos 1980", relembra.
Na época, a IBM, líder no mercado de grandes computadores, resolveu entrar no mercado de computadores e não possuía o sistema operacional. Para isso, fechou contrato com a Microsoft que, na realidade, não possui o software. Então, o ainda jovem Bill Gates comprou por cerca por US$ 50 mil um sistema desenvolvido por uma pequena empresa, personalizou e melhorou o programa transformando no MS-DOS, licenciou o produto e o vendeu por US$ 8 milhões.
Mas o talento de Gates não estava apenas no domínio e o conhecimento do mercado de softwares ou sua capacidade de enxergar oportunidades. A preocupação com as demais áreas ajudaram Bill Gates alcançar tudo que conquistou. "Grandes áreas como logística, distribuição, marketing e comercial precisam ter peso muitas vezes até maiores do que a área de desenvolvimento. A Microsoft soube fazer isso muito bem durante anos", explica Erick Vils.
E até quem não gosta de utilizar a Microsoft reconhece o seu legado. Esse é caso de André Tenenbaum, diretor da agência de soluções digitais ZONAInternet. "Posso dizer que nunca fui um simpatizante do Bill Gates por conta dos seus usuários não enxergarem as vantagens de uma plataforma mais amigável como o Amiga e o Mac. Mas com certeza o admiro como um executivo de visão que soube explorar comercialmente sua ideia e transformar seu negócio e os computadores pessoais em algo para todos", destaca André.

As cinco lições de Gates

Gates, assim como a Microsoft, se transformou em um ícone muito odiado por alguns e amado por outros. No entanto, à frente da Microsoft, deixou um legado que ultrapassa a barreira tecnológica e atinge um modelo singular de administrar uma empresa. Confira cinco lições dele para gerir um negócio:
1 - Fale a linguagem. Gates falava a linguagem dos programadores. Isso é um de seus triunfos como líder. Conversar com colegas técnicos fornece-lhe um canal aberto de comunicação que permite inspirar os empregadores da Microsoft a voar cada vez mais alto.
2 - Esteja no lugar certo na hora certa. Uma crítica frequente feita à Microsoft é que a companhia não é uma grande inovadora e que, ao contrário, apenas rouba ideias dos outros. Contudo, o que a companhia faz bem é reconhecer o potencial das ideias e comercializá-las. Gates sempre estava antenado em tudo que acontecia ao seu redor para poder aproveitar uma oportunidade, potencializá-lo e alavancar o negócio.
3 - Contrate gente muito inteligente. "Gente com alto QI" é uma expressão da Microsoft utilizada para designar as pessoas muito brilhantes. Desde o início Gates sempre procurou as melhores mentes. Ele sabia que ter uma equipe vencedora seria fundamental para obter sucesso, ou seja, ele buscava sempre o melhor time ao seu lado.
4 - Mantenha a sensação de uma companhia pequena. No início da evolução da Microsoft, Gates chegou à conclusão de que o melhor software era criado por pequenos grupos de desenvolvedores. A ideia dele sempre foi valorizar cada equipe para que rendessem mais. "Mesmo que sejamos uma grande companhia", dizia, "não podemos pensar desse modo ou estaremos mortos".
5 - Seja apaixonado pelo que faz. A paixão pela Microsoft e por cada serviço e produto criado estiveram presente durante a trajetória de Bill Gates à frente da Microsoft. Esse foi um dos grandes combustíveis para que a companhia conseguisse manter tanto tempo como uma das empresas líderes da tecnologia.
Fonte: administradores.com

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Como extrair o máximo de um curso de gerenciamento de projetos


Com um pouco de dedicação extra e um plano a seguir, é possível potencializar o aprendizado adquirido em um curso de gerenciamento de projetos. Vamos imaginar duas situações. Se você se encaixar em alguma delas, então preste atenção neste artigo.

a) Você é um gerente de projetos que está ativamente envolvido em um projeto
Não significa que você, necessariamente, tenha um certificado PMP, e sim que você gerencie projetos com uma certa regularidade. Você  planeja  gerencia em equipe, gerencia riscos e encaminha projetos para a conclusão.
b) Você não é um caçador de PDU
Um caçador de PDU é alguém que não se importa muito com o curso que está sendo oferecido, desde que venha com alguns PDU's no final. Conheço uma pessoa que é dona de uma empresa de treinamento em gestão de projetos. Ela diz que uma das primeiras perguntas que os interessados fazem é “quantos PDUs o curso oferece”? Para esses, não importa o tema do curso, quem é o professor ou o que vão aprender, mas sim quantos PDUs eles terão quando completarem o curso.
7 passos para extrair o máximo de um curso de Gerenciamento de Projetos
Os passos a seguir permitem que você tire o máximo proveito de qualquer curso de gerenciamento de projetos que pretenda fazer:
1) Escolha um tema em que queira se aprofundar
Parece óbvio, mas, como dissemos antes, há muitos gerentes de projetos que estão interessados apenas nos PDUs que vão receber. Para tirar o máximo proveito de qualquer curso de gerenciamento de projetos, escolha um que seja de grande interesse para você. Pode ser um curso que apresente soluções a desafios relacionados ao seu dia a dia. Ou então uma nova área para a qual você queira direcionar sua equipe, como uma nova metodologia de gerenciamento de projetos ou um novo processo que reduza o tempo para completar projetos. O objetivo é estudar algo que realmente queira saber e que seja aplicado imediatamente no seu trabalho.
2) Escolha o formato em que você aprende melhor
Há muitos formatos diferentes de cursos de gerenciamento de projetos. Tem o curso presencial, com um  instrutor que conduz a classe, e o companheirismo que surge do trabalho em grupo de gerenciamento de projeto. Outro formato é o mais individual, em que você pode baixar o curso no celular ou tablet e aprender no seu próprio ritmo, no conforto do lar. Uma terceira opção é um curso on-line, como um webinar, com interação em tempo real e a possibilidade de fazer perguntas. É preciso encontrar o formato com o qual você aprende melhor.
3) Escute para aprender, não só para ganhar
Ganhar PDUs é um requisito muito importante para manter atualizada sua certificação como gerente de projetos. No entanto, isso não deve ser sua prioridade. Existem duas experiências de aprendizagem muito diferentes. Quem quer aprender vai com calma, faz perguntas, ouve uma vez, duas, e contesta as afirmações que são feitas. Quem está preocupado em ganhar PDUs fica mexendo no celular, faz outras coisas ao mesmo tempo e, no final, pergunta o que precisa fazer para pegar seus PDUs. Se quer tirar o máximo proveito do seu curso de gerenciamento de projetos, encare como fonte de aprendizagem. Os PDUs são consequência.
4) Pergunte como usar o conhecimento na prática 
Ao longo de todo o curso, sempre pergunte como aplicar a informação aprendida. É por isso que você escolheu tão bem o tema, como recomendamos na etapa 1. Esta é a razão pela qual o curso foi escolhido. Pergunte como a informação nova resolve um problema para que você possa testar. Ou pergunte como a novidade pode tornar um processo mais suave, mais fácil ou mais rápido, e como isso pode ser implementado em sua empresa.
5) Implemente imediatamente
Como você se sente depois de ter frequentado um curso de gestão de projetos tão interessante? Empolgado? Otimista.? Pronto para começar.? Aproveite imediatamente esse impulso na sua empresa antes que ele vá embora. Por que iria? Porque as pressões, as rotinas, o estresse e o volume de trabalho podem rapidamente acabar com a empolgação. Nesse momento, você deve ter um plano para aplicar o conhecimento do curso em seu departamento ou empresa. É a hora de fazer algumas mudanças e melhorias.
6) Compartilhe o conhecimento com os outros
Nem todo mundo na equipe pode participar do mesmo curso de gerenciamento de projetos que você. Tome o cuidado de anotar as informações principais que deseja compartilhar para que todos possam ver o benefício de aplicar na empresa o que você aprendeu. Essa pode ser uma ótima maneira de qualificar seu departamento inteiro, uma vez que todos absorvem, compreendem e aplicam o que você aprendeu no curso de gerenciamento de projetos. E isso não para com você. Provavelmente sua agenda não permitirá que faça todo e qualquer curso de gerenciamento de projetos que ache interessante.
7) Repita
Uma vez que você fez seu primeiro curso, implementou as mudanças e compartilhou o conhecimento com os colegas, certamente vai querer fazer outros cursos. Se você é um gerente de projetos PMP, vai descobrir que não precisa pensar em ganhar PDUs. Os PDUs são subprodutos de sua experiência educacional, e serão adicionados ao seu portfólio automaticamente.
É preciso esforço para tirar o máximo proveito de um curso de gerenciamento de projetos? Sim. Mas a recompensa supera de longe o esforço investido no curso. Seu trabalho como gerente de projetos se tornará mais fácil à medida que as melhores práticas sejam implantadas na sua empresa.
Fonte: projectbuilder.com

Crianças digitais: elas estão crescendo ou nascendo assim?


Figurinhas, bolinhas de gude, esconde-esconde e outras brincadeiras: jogos do passado que felizmente nos acompanharam durante a infância. Certamente, muitos leitores nascidos nos anos 60 e 70 lembram com carinho e nostalgia da primeira vez que tiveram a ajuda de seus pais para aprender a andar de bicicleta ou dos campeonatos de bolinhas de gude na escola. No entanto, parece que, para as crianças de hoje, suas lembranças de infância estarão ligadas à aquisição do seu primeiro celular ou do primeiro computador pessoal. Elas nascem com conhecimentos incorporados e são chamadas de crianças digitais.

Adotar novas práticas e convertê-las em hábito requer uma preparação cultural constante. É possível observar ao longo da história que o sucesso de uma invenção começa quando existe uma necessidade por parte da sociedade, que deve estar preparada para recebê-la. No entanto, o historiador e sociólogo Lewis Mumford destaca que, entre 1700 e 1850, a técnica se apoderou da imaginação: as máquinas e os objetos que a sociedade produzia eram desejados rapidamente. De alguma maneira, o sucesso não depende do objeto criado, mas sim da compreensão do seu uso, quer dizer, a função que as pessoas encontram nele.
Desde muito pequenas, as crianças mantêm uma relação com a tecnologia que alguns adultos jamais chegarão a alcançar. Os computadores voltados ao público infantil têm uma vida útil inferior a de dez anos atrás. Por isso eles preferem jogar nos dispositivos dos adultos e utilizam todas as ferramentas tecnológicas com grande facilidade e rapidez.
Estas crianças nasceram na era digital e crescem conhecendo as novas invenções; são atraídas pelos desenvolvimentos tecnológicos e desejam possuí-los. Ao interagir com seus jogos e brinquedos começam a amadurecer e a se preparar para o futuro, muitas vezes sem nem se dar conta disso.
Nos últimos anos, governos e empresas têm trabalhado em conjunto para que as Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) sejam incorporadas às salas de aula de forma adequada e efetiva. A televisão também estimula a convergência nas telas. Canais infantis da TV a cabo, por exemplo, recomendam que as crianças acessem suas páginas web para baixar conteúdo lúdico.
O que muitas vezes esquecemos é que as crianças de hoje serão os adultos de amanhã, motivo pelo qual devemos trabalhar e incentivar os valores que desejamos que perdurem ao longo do tempo. O fato é que os pais e as diferentes instituições – sejam elas públicas ou privadas – precisam saber acompanhar o crescimento e a evolução desta nova geração. O apoio dos adultos e de toda a cadeia educacional é fundamental para que os jovens façam bom uso das novas tecnologias e possam aplicá-las em seu benefício e da sociedade. No final de tudo, o que vale mesmo é incentivar e apoiar os interesses destas crianças, para que no futuro, seus sonhos se tornem realidade.
Fonte: administradores.com